Entrevista de assessores e jornalistas
Onde o jornalismo termina e a assessoria de imprensa começa? Conheça as diferenças entre estes dois segmentos do jornalismo
Ana Beatriz Comaru
Yda Mayara de Araújo Quando se trata de comunicação, jornalistas e assessores de imprensa desempenham um papel fundamental. O primeiro leva a informação ao público e o assessor representa a empresa ou órgão onde trabalha. Muitas vezes essa relação se torna conturbada uma vez que ambas as profissões são vertentes do jornalismo, porém as práticas do assessor de imprensa entram em choque com os fundamentos do jornalismo. O estudante Lécio Gomes, 23, estagia no Superior Tribunal Militar. Sabe como é difícil o trabalho de um jornalista. “Poucos dão valor aos comunicadores em geral. Mas no fim acaba sendo prazeroso você ver uma matéria que você suou pra fazer em um jornal, revista”, relata o estudante. O trabalho do jornalista muitas vezes depende do assessor de imprensa, é aí que começam as críticas e comparações. “Em qualquer ramo, existe o bom e o péssimo profissional. Eu acho que existe algum tipo de manipulação de informação, por pressão do chefe, algumas vezes por falta de caráter mesmo”, diz Lécio. Para ele, é muito triste a manipulação ou omissão da informação. O estudante conta que a informação passada pelo jornalista tramita entre a população e forma opiniões. A jornalista da Revista Brasília em Dia, Rebeca Carvalho, 23 anos, acha que não deveria haver competição entre jornalistas e assessores, uma vez que ambas as profissões se completam. “Mas há, sim, primeiro porque a rotina dessas duas vertentes do jornalismo é um pouco diferente. As assessorias muitas vezes não compreendem que o ritmo das redações não permite interrupções diárias para sugerir pautas, entrevistas, etc. Muitas vezes ajudam, outras, atrapalha. Aliás, na hora do fechamento, só atrapalha”, afirma Rebeca Carvalho. Para ela, o maior problema é quando o veículo de comunicação utiliza o release de