Entre a tradição e o progresso
Humberto Machado e Lúcia Maria B. Neves – O império do Brasil
O contraste existente no Brasil do sul e do sudeste envolveu discussões de varias áreas, pois o sul e sudeste representava o primeiro mundo e o restante do Brasil representava a periferia com muita miséria. E neste ritmo de discussões em 1822 organizavam-se no país um novo império segundo os moldes do liberalismo que estava mais preocupado em preservar a ordem pública e a supremacia da elite sobre o restante da população e o que imperava era a posse de propriedade e se desenvolviam através de conchavos e na contramão estavam isolados, excluídos os cativos, trabalhadores, escravos vivendo a sombra do poder.
Já a elite cultural consciente do progresso oitocentista, mas que não detinha opções para sobreviver a não ser nos espaços deixados na função pública, desta forma poder aristocrático que não podia dispensar a elite cultural e esta elite não podia transgredir os interesses desta aristocracia. Mas estes dois grupos seguidos pelos cosmopolitas e ainda os trabalhadores divergiam de opiniões em relação a organização do país e este conflito beirou até a maioridade de Dom Pedro II. Mas de qualquer forma o que prevalecia era as vontades aristocráticas que representavam o pais ideal.
O que mudou um pouco este cenário foi com o desenvolvimento da imprensa que possibilitou o envolvimento de grupos sociais – artesões, marinheiros, soldados domésticos, pessoas sem ofícios entre outros- em manifestações por diversas províncias ao logo de 1831.Desta forma a Corte viu-se obrigada a dispersar qualquer aglomeração de pessoas. Com esta difusão de manifestações os diversos grupos de compunham a elite defendiam seus interesses como o caso dos caramurus temerosos não viam outra solução senão a volta de Dom Pedro I, já os exaltados estes conflitos eram o momento ideal para realizar o país ideal, os moderados divergiam entre questões mais centralizadoras e a construção de uma nova