Entre a correção e a eficiência: mutações no significado da educação física nas décadas de 1930 e 1940 – um estudo a partir da revista educação physica
Centro de Desportos
Curso de Licenciatura em Educação Física
DEF 5888 – Fundamentos Pedagógicos – Esporte Escolar
Aluna: Aline dos Santos
ENTRE A CORREÇÃO E A EFICIÊNCIA: MUTAÇÕES NO SIGNIFICADO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NAS DÉCADAS DE 1930 E 1940 – UM ESTUDO A PARTIR DA REVISTA EDUCAÇÃO PHYSICA1
Ms. OMAR SCHNEIDER
O texto trata-se de um estudo realizado por Schneider através da revista Educação Physica, na qual é discutida a relação de nossa área com a ginástica, mas principalmente, com o esporte, entre as décadas de 1930 e 1940. Esse período é marcado por tormentória transição na educação, mas com grande possibilidade de criação, e a revista serviu como chance de remodelar o imaginário da população em relação à educação física e às práticas pedagógicas; investir na produção cultural com finalidades políticas. Conforme Carvalho (1997), já a partir de 1920 é possível se perceber uma sutil mudança no discurso pedagógico no Brasil. Inicia-se então uma ruptura do discurso educacional científico (ginástica sueca), que voltava suas preocupações para a ortopedia (corrigir e endireitar as deformidades) para um novo pensamento otimista em relação ao poder da educação. A partir de 1931 torna-se obrigatório o sistema de exercitação oficial no Brasil nos estabelecimentos de ensino secundário, normal e superior. Esse sistema baseou-se no método francês – utilitário/competição. Pelo processo de industrialização que o Brasil estava vivendo, esse novo modelo passa da concepção ortopédica para a eficiência. A educação física toma como referência o modelo da fábrica: hábitos físicos mais eficientes/especializados resultam em maior rendimento com mínimo de tempo e esforço. Com a chamada “Idade Nova”, a preocupação deixa de ser com a forma de executar os movimentos e passa a ser com os resultados. Então entram em cena os esportes, por sua objetividade. O esporte passa a ser sinônimo de modernidade. Fernando de Azevedo – um defensor