Ensino, pesquisa e as primeiras vivências no espaço da escola: ler e escrever a possibilidade de entendimento do mundo
INTRODUÇÃO
A aprendizagem do ato de ler é quase concomitante ao de escrever. Se percebermos que uma criança começa a formar suas primeiras palavras e frases do primeiro até o terceiro ano de vida, e a sua vida escolar aos cinco ou até mesmo antes, podemos notar que o espaço entre a aquisição da linguagem e a aprendizagem da escrita é muito pequeno. Portanto, escrever e ler são atos contínuos da formação humana; neles estão imbricadas questões que resultarão num bom ou mau leitor/escritor.
O uso fluente da língua mãe nem sempre significa o uso correto e fácil da palavra escrita. Desenvolver um texto oral pode parecer simples, mas transpor esse domínio para a norma culta que a escola exige pode parecer penoso e, na maioria das vezes, uma tarefa nada desafiadora. Não raro essa tentativa se transforma em decepção, afastando os estudantes da leitura; consequentemente, da escrita e mais tarde da própria escola. Ao sermos desafiados a desenvolver, na escola, o projeto “Da Discência à Docência: a boniteza de ser professor/professora” através de bolsas de iniciação à docência, pelo PIBID/CAPES, além de nos apaixonar pelo ofício de ser professor, colocamo-nos como fio condutor para incentivar os estudantes a ler e a escrever. Abramovich (1997, p. 138) afirma:
O interesse pela leitura e torná-la como hábito, deveria ser maior na sociedade que vivemos e que idealizamos, seria um meio de falar e escrever corretamente, agregando um maior vocabulário. Mas a leitura não deve ser conhecida como obrigação, necessidade que os outros impõem, não ver como um dever e sim como conhecimento que ninguém tira da gente. Portanto, além da paixão de professor, trazer a leitura e a escrita como um hábito diário é o maior desafio em um mundo em que há uma enorme gama de informações, nem sempre apropriadas, mas infinitamente mais atraentes que livros, revistas e jornais. É certo que a escola deve acompanhar o seu tempo e sua época, mas ela ainda é