Ensaios I e II
O culto da performance – Ensaios Brasileiros
Ensaio I – O culto da performance e o indivíduo S.A.
Ensaio II – O culto da performance como resposta à crise da ontologia do trabalho
O ensaio I inicia com um breve resumo do livro “o culto da performance”. Alain Ehrenberg mostra, nesse volume, como o culto a performance passou a ser fator determinante para o sucesso na sociedade francesa nos anos oitenta. A veneração pelo vencedor, esporte e empreendedor passa a ganhar espaço em meio à mídia e culturas sociais, acarretando uma mudança de valores e comportamentos. Seguindo por um caminho semelhante, o Brasil passa a se basear também no culto à performance, através do empreendedorismo.
A função desse empreendedorismo é manter a efetividade, iniciativa e controle dos indivíduos em suas atividades por meios de novos códigos de conduta. Isso passa a criar um “novo imaginário denominado cultura do menagent”, que surge meio às mudanças nos âmbitos econômicos e sociais.
Esse novo imaginário traz consigo exigências que passam a demandar ao indivíduo novas competências profissionais, aflorando sua fragilidade e insegurança. Nessa nova espera social, o indivíduo passa a buscar novos meios de se manter atualizado, procurando bons resultados e visando o futuro. O medo de se tornar inútil vinculado à vontade de permanecer no topo como um empreendedor de sucesso, faz com que o homem passe a exigir cada vez mais de si, buscando a perfeição de qualquer maneira. Esse “desespero” em continuar sendo um homem de sucesso faz com que passem a procurar cada vez mais os best-sellers e livros de autoajuda para se basear, dando surgimento ao indivíduo S.A. O indivíduo fissurado pela perfeição, pelo sucesso a todo custo e pela necessidade de estar atualizado e ser útil. Findando em uma massa de indivíduos que tentam seguir sempre os mesmos passos e atitudes de seres já prestigiados no mercado, tornando-se assim indivíduos sem identidade. “Seu objetivo não