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3. O comportamento do produtor
3.1. Curto e Longo Prazo Para oferecer qualquer bem ou serviço, as firmas precisam primeiro produzi-lo, não é mesmo? Já vimos que os elementos básicos utilizados nesse processo são chamados de recursos ou fatores de produção. Precisamos agora entender como esses recursos podem ser analisados em diferentes horizontes de tempo.
Existem situações em que, mesmo que ocorra uma significativa variação na procura, o produtor não dispõe de condições de alterar todos os seus fatores produtivos de forma a ajustar seu nível de produção ao novo nível da demanda. Ou seja, por mais que ele eleve os outros fatores, haverá pelo menos um que determinará o “teto” de sua produção.
Vamos pensar numa fábrica, por exemplo: por mais que ela possa aumentar os turnos de trabalho, ou contratar mais funcionários, e, assim, poder utilizar mais do fator trabalho, não existe condições de alterar rapidamente as instalações e equipamentos, que fazem parte do fator produtivo capital. Ou seja, é uma situação em que é possível alterar rapidamente o recurso trabalho (recursos humanos), mas não o recurso capital. Podemos dizer que, em um determinado período de tempo, a quantidade de horas a serem utilizadas é um recurso variável, mas a quantidade de instalações e equipamentos é um recurso fixo.
Esse período de tempo, em que há pelo menos um recurso que limita a produção, é denominado curto prazo. Tradicionalmente, expressamos da seguinte forma: “Curto prazo é o período de tempo que pelo menos um dos fatores de produção é fixo”. E o longo prazo? Se no curto prazo pelo menos um dos fatores é fixo, no longo prazo todos os fatores são variáveis, o que significa que é um período de tempo no qual a firma tem condições de alterar o nível de todos os seus recursos.
Importante: o período de tempo que constitui o curto prazo para um processo pode ser completamente diferente em outro. Seis meses para o plantio de alface, por exemplo, é um prazo extremante longo. Por outro