Ensaio
Deilson Nunes de ALMEIDA¹
RESUMO: Este ensaio procura fazer uma reflexão crítica ao conteúdo do filme supra citado. O objetivo é compreender a dinâmica familiar e as possíveis causas ao surgimento do sintoma supostamente diagnosticado como autismo.
PALAVRAS-CHAVE: Introjeção; embotamento afetivo, autismo, luto.
O presente filme relata a história de uma família que teve o seu chefe de casa morto em um acidente quando realizava escavações arqueológicas em uma das ruínas maias. O casal tinha dois filhos, Sally e Michel tudo indica que a relação familiar era bastante nutritiva, pois a menina era muito ligada ao pai que a educou de forma que aos 6 anos de idade já falava três idiomas, embora sua mãe Ruth Matthews mais tarde venha a se queixar que deveria ter dedicado a Sally a mesma atenção dada a Michel, ambas se relacionavam de forma afetuosa. Sally também teve forte influência de um amigo mexicano que sempre lhe contava estórias e lhe transmitia mitos, que possivelmente influenciou grandemente para o desencadear de alguns comportamentos futuros, falas como “É mais fácil ver sem palavras...” “Seu pai mora na lua...” “É preciso ficar quieto para ver as coisas...” “ Ver o outro por dentro a partir do sonho...” Outro fato importante na posição de Sally diante de todo aquele contexto de perda, foi a mudança de moradia, a família morou muitos anos no méxico e com a morte de Alex pai de Sally e Michel e ex-marido de Ruth retornaram aos EUA. Esta mudança de ambiente parece ter sido impactante para Sally pois a menina a partir daí começa a desencadear comportamentos outrora não apresentados. Como toda criança de sua idade ela era observadora, habilidosa e possuía uma grande capacidade de questionar. Dessa forma passa a apresentar sinais de conflitos entre os aspectos de vida e morte, bem como fantasias a esse respeito que uma vez foram alimentadas por mitos. O sintoma apresentado por Sally é estabelecido a partir