Ensaio - a singularidade da comunicação pública graça frança monteiro
O ensaio de Graça França Monteiro, tem como objetivo verificar se há na comunicação pública singularidades suficientes para considerá-la uma dimensão diferenciada de outras práticas de comunicação percebidas na relação entre organizações e sociedade, tendo com base a leitura sobre o assunto de vários estudiosos da área de comunicação pública. Apesar de diferir de uma situação para outra, a comunicação tem ingredientes comuns. Qualquer que seja o modelo teórico adotado, o processo comunicacional como ato voluntário inclui, no mínimo, um Emissor ou fonte; uma Mensagem- informação; um Meio de Comunicação e um Receptor – destinatário, para que o processo se complete com sucesso No caso da comunicação pública o processo é marcado, segundo definição de Brandão (2003, p.24). o processo de comunicação que se instaura na esfera pública entre o Estado, o governo e a Sociedade e que propõe a ser um espaço privilegiado de negociação entre os interesses das diversas instâncias de poder constitutivas da vida pública no país. Aceita a noção de processo comunicacional, quais seriam, então, os elementos constitutivos da comunicação pública e o que a tornaria diferente das demais modalidades de comunicação praticadas pelas organizações em suas relações com a sociedade? A comunicação institucional, na visão de Zémor (1995, p. 57), tem por objetivo mostrar ao público o papel da organização, afirmando sua identidade e sua imagem, prestando do conjunto de suas atividades e, de modo geral, permitindo o acompanhamento da política da instituição. A comunicação governamental é aquela praticada pelo governo, visando à prestação de contas, ao estimulo para o engajamento da população nas políticas adotadas e ao reconhecimento das ações promovidas nos campos político, econômico e social. A comunicação política está relacionada diretamente aos processos eleitorais, sendo, portanto aquela praticada por