ensaio sobre as dificuldades encontrada pelas ordens mendicantes em seu estabelecimento nas cidades.
Buscamos através da análise de alguns trabalhos que abordavam temas como a cidade medieval, o surgimento das universidades e a criação das Ordens Mendicantes compreender a natureza que opõem seculares e mendicantes sem que estes estejam necessariamente de lados opostos. Acreditamos que no século XIII a relação entre o clero e a cristandade estava desgastada principalmente pelo enriquecimento da instituição e seu afastamento do cristianismo primitivo. Tendo as cidades proporcionado um novo padrão de vida social, onde as trocas tanto materiais quanto conceituais despertam no citadino uma nova percepção de si próprio e de sua relação com Deus sendo necessário novas formas de contato com os fiéis, as paróquias e igrejas já não davam conta do trabalho de manutenção da fé cristã. Antes do primeiro quarto do século são criadas as ordens mendicantes. Marcados pela vida mista entre clérigo regular e a proposta de trabalho desempenhada por eles que visa a atuação no século. Abordaremos os fatores que são aceitos pela historiografia atual como determinantes para formação do pensamento citadino, tendo por foco de análise as disputas entre os diferentes tipos de intelectuais oriundos principalmente do clero secular e da ordem dos pregadores.
Acontece que o tempo cuidou de transformar a Igreja Primitiva, que tinha por preceitos básicos amor, fé e justiça em um pesado aparelho burocrático que buscava no século XIII restabelecer seus vínculos com a cristandade. Para que isso fosse possível esta precisava retomar seu prestígio dentro das cidades. Acreditamos que a cidade medieval seja fruto da relação que se estabelece entre o mundo espiritual e o físico, a cidade perfeita cristã está em constante atrito com o livre mercado que se desenvolviam dentro das cidades. Assim tanto incorporação da ordem franciscana quanto a criação da ordem dos dominicanos podem ser encaradas como mecanismos de