Ensaio Psicologia existencial O sofrimento humano
O sofrimento humano
Aluno: Jairo Fraga Vasconcelos – 5º período matutino curso de Psicologia
Professor: Dr .Rinaldo Décio de Faria Júnior
Resumo: O presente ensaio tem por escopo abordar, de forma simplificada, a questão do sofrimento humano numa visão humanista, a partir do relato bíblico de Jó. Buscar-se-á mostrar que o sofrimento é inerente a vida; é da existência humana e a maneira como o encaramos pode significar a diferença entre viver de maneira que valha a pena ou, então, entregar-se a uma autocomiseração injustificável, numa tentativa em vão de fugir da realidade última de que todos os homens estamos na mesma condição independente como vivemos, não importa o caminho que tomamos.
Deus ou não quer tirar os males e não pode, ou não pode e não quer, ou não quer nem pode ou quer e pode. Se quer e não pode, é impotente: o que não pode ser Deus. Se pode e não quer, é invejoso, o que igualmente é contrário a Deus. Se não quer nem pode, é invejoso e impotente, portanto, não é Deus. Se quer e pode, o que só convém a Deus, de que provém a existência dos males e por que não os elimina? (Fr. 374, Usener, dos epicuristas contra os estoicos).
Introdução
A vida humana pode ser caraterizada de muitas maneiras. Uns sem número de cosmovisões são disseminadas e, em sua maioria, propõem-se a trazer sentido ao fato simples que por todos é compartilhada, “a vida é difícil”. Sem sentido, injusta, incompreensível, impossível, não importa, independente de como a encaramos, ela está aí, posta, imposta, aceitável ou não, quer nos agrade ou não, pontuada de dificuldades, angústias e problemas a serem levados adiante com todas as suas especificidades e/ou suas incongruências. Já foi dito que “viver é uma arte”, e, se assim for, carece de que os atores de sua própria história, se apresentem no palco da existência, pois o show não pode parar. Muitas vezes, nosso impulso de justiça supera nossa paciência com o sofrimento. Mas, será que a