Por Paul Davies e Kara ScannellThe Wall Street JournalOs veredictos que condenaram ontem os ex-executivos da Enron Corp. Kenneth Lay e Jeffrey Skilling marcam o ápice de uma extraordinária onda de repressão a um igualmente extraordinário grupo de delitos corporativos. Mas em vez de marcar o fim de uma era, as condenações tendem a dar novo ânimo ao governo americano em seu combate ao crime de colarinho branco.Desde que a Enron Corp. virou sinônimo de transgressão executiva quando quebrou quase cinco anos atrás, autoridades obtiveram a condenação ou admissões de culpa por fraude e outras acusações contra centenas de poderosos do mundo empresarial, e os legisladores impuseram novas leis, mais duras. Draconiana para alguns, a resposta do governo americano aos escândalos corporativos da virada de século provocou uma reação de grupos pró-empresas.Lay, de 64 anos, foi presidente do conselho da Enron, e Skilling, de 52, seu diretor-presidente. Os dois foram condenados ontem por fraude, formação de quadrilha e outras acusações, por terem mentido para os acionistas sobre o estado das finanças da empresa. Eles tiveram de entregar seus passaportes e pagaram US$ 5 milhões cada de fiança para aguardar a sentença em liberdade. A sentença será definida em 11 de setembro. Eles devem pegar vários anos de prisão. Advogados de ambos disseram que vão recorrer.As condenações de ontem vão ajudar a transformar o legado do boom do mercado dos anos 90. Inicialmente visto por investidores como uma das mais longas fases de alta dos mercados, a década agora será vista historicamente como uma de ganância desenfreada e transgressões corporativas que ocorreram sem controle.[corporativo]"Todos nós acabamos distraídos pelos benefícios que fluem desses grandes avanços do mercado quando ele está subindo", disse Robert Morvillo, um veterano advogado de defesa. "A distração parece que precisa esperar um problema seriamente perturbador em que alguém sai ferido. A Enron é um ótimo exemplo de quando