engerencia sobre aparthed
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IntroduçãoApartir dos finais dos anos 70 do século XX, assiste-se com grande intensidade a invasão dos territórios de Angola, Zâmbia e de Moçambique por parte das forças de elite sul africanas.
As ofensivas sul-africanas aos territórios vizinhos tinham por objectivo conter as ofensivas das forças nacionalistas do Sudoeste Africano(Namibia) e da África do Sul, nomeadamente a Swapo (braço armado da Namibia) e o ANC (braço armado da África da África do Sul, apoiados por Angola e pela maioria dos países da África Austral, pertencentes à organização da Linha da Frente.
A África do Sul desenvolveu inúmeras acções de desestabilização contra os países da região, com a cumplicidade e apoio de países ocidentais, com particular destaque os EUA...
O regime de apartheid criou unidades militares especificamente para desestabilizar países vizinhos, como foram os casos do Batalhão Bufalo, também conhecido 32º Batalhão, os Comandos de Reconhecimento, o Destacamento Especial Sul Africano, o 44º Batalhão de Para-quedistas e os Cofutes (tropas de origem Namibiana - dócil ao regime do apartheid).
Desenvolvimento O objetivo deste trabalho é analisar o processo de integração regional na África Austral, face ao presente sistema internacional, a partir da atuação e interesses da África do Sul pós-apartheid. A ênfase na perspectiva sul-africana justifica-se pela sua posição de pivô na região e a re-elaboração dessa posição com as profundas mudanças internas desde a década de 90. O tema torna-se relevante devido a interesses históricos e contemporâneos do Brasil e do Mercosul, incluindo eventuais arranjos inter-regionais. Desde o auge da política africana brasileira, nos anos 70, a África Austral tem sido a região de maior atenção da nossa política externa para o continente. O fim do apartheid na África do Sul torna este país membro pleno tanto da comunidade regional como da comunidade internacional. A importância dessas tendências