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Entre os equipamentos que compõem um sistema de distribuição de energia elétrica, destaca-se o transformador. Este equipamento é essencial na distribuição de energia por adequar os níveis de tensão do sistema elétrico de potência. Os transformadores de distribuição representam mais de 2.300.000 unidades em todo o território nacional, destes 57% são monofásicos e 43% trifásicos.
Estima-se que, no território brasileiro, exista grande quantidade de transformadores de distribuição operando a mais de 25 anos. Como a vida útil de um transformador de distribuição é estimada em 30 anos, algumas opções surgem para destinação desses equipamentos ultrapassados tecnologicamente e/ou fora da norma de regulamentação.
Uma das opções é elaborar estudos e aplicar métodos como a repotenciação (Retrofit), que vem sendo adotado pelas concessionárias e empresas que reusam seus transformadores antigos, visando menor custo, prazo de fornecimento e confiabilidade.
A repotenciação tem o objetivo de implantar novas tecnologias aos transformadores, resultando em um aumento de potência e uma diminuição na utilização de materiais novos, já que a tendência mundial está voltada ao desenvolvimento sustentável, em que a reutilização de materiais é imprescindível para a diminuição do impacto ambiental.
As novas tecnologias para o desenvolvimento de transformadores resumem-se na evolução dos materiais e em técnicas de projeto. A utilização dessas tecnologias permite projetar transformadores que operem em temperaturas mais elevadas, resultando em consequência, um aumento de potência significativo. Por exemplo, um transformador que trabalha com um ciclo de carga que eleve sua temperatura até 150 °C, com o emprego desses isolantes, têm uma espectativa de vida útil de até 100 anos. Outro transformador construído com isolantes sólidos a base de celulose trabalharia a uma temperatura próxima dos 100 °C por, no máximo, sete anos.
O emprego desses materiais