engenharia
Departamento de Geodésia – DEGED
Separata de Cadernos de Geociências, no 5, IBGE, Rio de Janeiro, 1990
DATUM ALTIMÉTRICO BRASILEIRO
José Clóvis Mota de Alencar. DRG/CE - IBGE.
RESUMO. Até 1946, não existia no Brasil uma superfície de referência a partir da qual fossem calculadas todas as altitudes no nosso País, ou seja, não havia sido elegido ainda o Datum
Altimétrico Brasileiro. Somente depois que o IBGE deu início à sua Rede de Nivelamento de
Precisão, é que foi adotado o nível médio do mar referido ao Marégrafo de Torres, RS, como o primeiro Datum Altimétrico Brasileiro. Em 1958, ele foi substituído pelo Marégrafo de Imbituba,
SC, que prevalece até hoje. No presente trabalho, foi feito um estudo de como se comporta o nosso
Datum Vertical comparado com mais 17 marégrafos, desde o Rio Grande do Sul até o Pará.
Verifica-se que desde Imbituba até Salvador, BA, existe pequena discrepância de 11,3 mm apenas.
O autor lamenta que o IBGE, ou outro órgão governamental, não tenha assumido o controle da manutenção e observação dos marégrafos brasileiros, permitindo a determinação da superfície do geóide com um rigor compatível com a precisão do nosso Nivelamento Geodésico.
ABSTRACT. Until 1946 there wasn’t in Brazil a reference surface from which to calculate all the altitudes in our country, which means that it had not been elected the Brazilian Vertical Datum.
Only after the iniciation of the precision leveling network, by the IBGE (Brazillian Institute of
Geography and Statistics) the mean sea level was adopted as refered to by the tide gage of Torres,
RS, as the first Vertical Datum. Em 1958 it was substituted by the gage of Imbituba, SC, wich prevails till now. The present article reports a study of how our Brazilian Vertical Control has been working, in comparison with seventeen (17) other tide gages, from the State of Rio Grande do Sul up to Pará. It was verified that from Imbituba, SC, to Salvador, BA,