Engenharia
DE TUCURUÍ
Alexandre Menezes Resque de Oliveira, Engº.
Engenheiro Civil e Mestrando do curso de Geotecnia da UNB – Aluno Especial
STN, Ed. Foad Bitar, Bl. N, Ap. 328, CEP: 70770-100, Brasília-DF, E-mail: aleresque@globo.com
RESUMO
O presente artigo apresenta de uma forma sucinta as causas, comportamento da barragem, conseqüências, a ruptura hidráulica e medidas adotadas para conter a fúria da enchente do rio Tocantins, ocorrida entre fevereiro e março de 1980, na Usina Hidrelétrica de Tucuruí, localizada no estado do Pará. O trabalho visa também, apresentar algumas das características técnicas mais importantes deste empreendimento, bem como detalhes e informações desta que foi uma obra de grande importância para o desenvolvimento do Brasil.
Palavras-chave: UHE, barragens, enchentes.
1 – INTRODUÇÃO
A Usina Hidrelétrica de Tucuruí, pertencente à ELETRONORTE, teve sua construção iniciada em novembro de 1975, tendo como responsável pelo projeto executivo, o consórcio Engevix-Themag. Este empreendimento foi o pioneiro implantado na Região Amazônica, que serviu no marco para novos projetos e a realização de outras obras nesta região.
Foi concebida para o atendimento do mercado de energia elétrica, tendo em vista uma grande demanda que seria necessária para o suprimento de futuras instalações da ALBRÁS, com seu complexo alumínio-alumina, interligação ao sistema da CHESF e o fornecimento de energia elétrica para cidades e vilas servidas pela antiga CELPA (hoje Rede CELPA) e pela CELG. Visava-se ainda, tornar navegável um trecho do rio
Tocantins cheio de corredeiras.
O projeto foi desenvolvido em duas etapas. Na primeira, concluída em dezembro de 1992, a casa de força, com 12 unidades geradoras de 350 MW e duas auxiliares de 22,5 MW, incorporou ao sistema elétrico brasileiro uma potência instalada de 4.245 MW. Em junho de 1998 foi iniciada a construção da segunda casa de força,