Engenharia
ENEGEP 2004 ABEPRO 2362
Aplicação da análise ergonômica do trabalho (AET) em uma empresa autogestionária: limites e possibilidades
Aurélio Batista Soares (UFOP) dicionario@producao.em.ufop.br
Danilo Cuzzuol Pedrini (UFOP) danilo.cuti@bol.com.br
Daniel Evaristo (UFOP) danielhormidas@zipmail.com.br
Fabrício Mariani Lucas (UFOP) pinguimm@yahoo.com.br
Resumo
O trabalho descreve a aplicação da metodologia de Análise Ergonômica do Trabalho - AET, em um posto de trabalho de uma empresa autogestionária. Avaliou-se a diferença entre trabalho prescrito e real, o uso de EPI´s, questões sócio-culturais do trabalhador e da empresa, apresentando-se sugestões de intervenção no posto estudado, visando uma melhor adaptação do mesmo à empregada. Discute-se também a associação entre a qualidade do serviço realizado e a implantação de melhorias no posto de trabalho, bem como as peculiaridades dos empreendimentos autogestionários e a relação entre estas características e as dificuldades de se implantar mudanças neste tipo de empresa.
Palavras chave: Análise Ergonômica do Trabalho, Saúde Ocupacional, Micro-Empresa.
1. Introdução
No Brasil, a preocupação com as questões ergonômicas vem crescendo no decorrer dos anos
(ABEPRO, 2003). Cada vez mais os postos de trabalho vem sendo planejados e desenvolvidos levando-se em consideração as necessidades do trabalhador que nele irá operar.
A abordagem multidisciplinar da ergonomia faz com que os mais diversos setores sejam contemplados com os benefícios da análise ergonômica do trabalho de forma mais completa e eficaz. Apesar dessa crescente preocupação, a ergonomia, desde sua origem, vinculou-se ao estudo de atividades militares e de produção industrial e ainda hoje é possível notar uma maior mobilização voltada às questões da ergonomia nos meios industriais (IIDA, 1998). Porém, preocupadas com os possíveis encargos e punições