ADULTERAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS 1 - INTRODUÇÃO Atualmente, o número de veículos circulando pelas ruas das nossas cidades aumentou consideravelmente, a ponto de estimar-se uma média de dois a três carros por família em capitais como a grande São Paulo. Com esse crescimento acelerado de veículos automotores, aumenta também a nossa preocupação com o meio ambiente e o ar que respiramos, pois, como sabemos, todos os veículos automotores utilizam combustível para se movimentar. A queima desses combustíveis libera gases tóxicos que compromete a qualidade do ar e também podem causar as chamadas chuvas ácidas. Esses são apenas alguns dos agravantes. Existem vários tipos de combustível, mas o mais consumido até os dias de hoje é a gasolina. A gasolina é utilizada em veículos movidos por motores a combustão interna. Sob o ponto de vista da aplicação, pode-se definir a gasolina como um combustível apropriado para utilização em motores de combustão interna que possuem ignição por centelha. A lavagem das mãos com gasolina e o hábito de succionar a gasolina com a boca através de um tubo de borracha, muito usada por alguns mecânicos, são práticas condenáveis. Ainda com relação à segurança, convém lembrar que a gasolina emite vapores inflamáveis mesmo à temperatura ambiente. A gasolina é uma mistura complexa de hidrocarbonetos variando de quatro a doze átomos de carbono e tendo pontos de ebulição entre 30ºC e 225ºC. Tanto a gasolina como o diesel são formados por uma mistura de mais de 200 tipos de hidrocarbonetos e outros componentes em menores quantidades. Portanto a gasolina e o diesel não têm uma fórmula definida, ela varia de acordo com o petróleo e o processo de refino. A combustão espontânea só ocorrerá em gasolinas formadas por hidrocarbonetos que não suportem a temperatura e pressões elevadas, no interior da câmara, pois, para se aumentar a eficiência de um motor, aumenta-se a taxa de compressão. No entanto, este aumento da compressão conduz a temperaturas maiores no interior