Parte 1 Ao iniciarmos a busca pelas raízes da Engenharia, devemos defini-la, para isso podemos utilizar as palavras de Smith[1]: “Engenharia é a arte profissional de aplicação da ciência para a conversão ótima dos recursos naturais para o benefício do homem.”, ainda nos apoderando de palavras de terceiros, nos cabe ressaltar as ideias de Milititisky[2], que quando define o impacto da atividade de engenharia e seu ensino sobre a economia dos países, sugere que o que está em jogo é provavelmente a própria sobrevivência econômica dos países; diante de tais citações podemos compreender que a Engenharia é mais que a ciência sendo posta em prática, ela é o meio para melhorar a vida, de gerenciar a economia e manter de certa forma “o mundo girando”. Para entender como tudo começou devemos olhar atentamente o passado, e nos ater aos patriarcas da Engenharia, o homem do Período Paleolítico que observou e descobriu a funcionalidade da pedra lascada, mais tarde com a descoberta do fogo e todas as descobertas para dominá-lo, saindo do Período da Pedra Lascada até chegarmos há cerca de 300 anos atrás quando o homem criou uma nova sociedade, não mais movida a tração animal, mas sim à chaminés e linhas de montagem, a revolução industrial modificou as relações sociais e a organização do trabalho, valorizando os bens consumo e de capital e caracterizando a estrutura econômica pela troca de mercadorias. O coração desta revolução é movido com energia proveniente do carvão, gás e petróleo, utilizados como impulso para um avanço tecnológico absurdo. Novas máquinas foram diretamente ligadas ao sistema de produção em massa, produzindo aço, ferro, têxteis, produtos químicos e componentes elétricos e, com eles, roupas, automóveis, aviões, arranha-céus, armamento pesado e computadores. Uma geração de jovens constitui-se na nova força de trabalho, arregimentada na tecnologia eletro-mecânica – e no centro desta transformação encontra-se o engenheiro, produto e representante maior desta