Engenharia Civil
Para que a engenharia possa se realizar como ciência e como tecnologia, Gilberto Freyre dizia que ela deve contemplar, além das suas questões físicas, as dimensões humana e social. Essa é a essência do que versa a última obra escrita pelo autor, publicada no ano de sua morte, 1987: Homens, engenharias e rumos sociais: em torno das relações entre os homens de hoje, sobretudo os brasileiros, e as três engenharias indispensáveis a políticas de desenvolvimento e segurança, por um lado, e, por outro, a ajustamentos a espaços e a tempos – a engenharia física, a humana e a social – considerando-se, inclusive, o desafio, a essas engenharias, das selvas do Brasil: em particular, das amazônicas.”
Pelo subtítulo da obra (vale ressaltar como ele era brilhante no resumo de seus livros com subtítulos sucintos e bem-explicados), podemos ver a importância da obra para o Brasil como um todo, assim como para o entendimento de como as engenharias (no plural!), pode contribuir para um desenvolvimento seguro e sobretudo ecologicamente sustentável.
Antes de começarmos a entender a obra, vale ressaltar que Gilberto Freyre tem uma produção literária gigantesca, traduzida em dezenas de idiomas, desde suas primeiras obras, como Casa Grande e Senzala, com dezenas de reedições; Sobrados e Mocambos; e Ordem e Progresso, dentre muitas outras: livros que interpretam o Brasil, desde a sua formação histórica; analisam o presente; e vislumbram o futuro da nação. Tão atual é a leitura e a discussão sobre sua obra, que Freyre tem sido amplamente citado na literatura e na mídia até hoje. Em 2010, ele foi homenageado na Festa Internacional de Literatura de Paraty (Flip), com a reedição de todos os seus livros.
Nascido em 1900, Gilberto Freyre, escritor, sociólogo, professor, político, pintor, poeta, pai e avô, tem textos ainda muito atuais, por isso é muito estudado nas escolas e universidades do Brasil e de vários países do mundo.
E é