Engels - Macaco ao Homem.
RESUMO
ENGELS, Friedrich. Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem. Disponível em: . Acesso em 19 fev 2014 às 14h e 45min.
Considerando que o trabalho modifica o homem e este muda a si mesmo e ao próprio trabalho, Engels se apropria da Teoria Darwinista para mostrar que a evolução, na relação com o meio ambiente e por adaptações, trouxe aprimoramentos biológicos aos sujeitos, permitindo a utilização das mãos para construir e transformar.
As mãos, para Engels, são responsáveis pelo trabalho braçal que propiciou a eclosão do trabalho intelectual, uma vez que para construir e transformar se faz necessário criar e planejar, favorecendo o desenvolvimento do encéfalo humano e em sequência linguagem. Desta maneira, é possível dizer que os trabalhos braçal e intelectual deveriam estar em constante comunhão, isto é, numa dialogicidade contínua.
Pode-se dizer então que o trabalho tornou-se capacidade humana que humaniza e possibilita a sobrevivência. Contudo, Engels alerta que com o tempo, principalmente no século XIX (época da escrita do texto, da revolução industrial e da segunda guerra mundial), humanizar tornou-se quase escasso e sobreviver quase um imperativo. Ou seja, o trabalho volveu-se para a competição, na qual o homem não se identifica mais com o que faz porque o todo está fragmentado.
Além disso, disparidades entre pessoas, grupos e classes mostram-se mais evidentes, resultando em dualidades social, educacional, cultural, econômica e até política; isto é, para poucos muito e para muitos pouco.
Enfim, segundo Engels, devido ao “boom” do trabalho – com especializações, escravidão, trabalho infantil, mão de obra barata – na revolução e segunda guerra, a produção e o consumo aumentaram, visando imediatismo nos resultados sem importância para com possíveis e posteriores consequências.