Enfrentar o controle sustentável ou suas implicações?
A iniciativa de construir barragens no rio Xingu teve inicio em 1975, quando a Eletrobrás contrata a empresa CNEC, Consorcio Nacional de Engenheiros e Consultores, para averiguar a viabilidade da instalação de hidrelétricas. Quatro anos depois, o estudo declara a possibilidade de construção de cinco hidrelétricas no rio Xingu. Alagando área de 1 milhão e 200 mil quilômetros quadrados, incluindo reservas indígenas. Quase 40 etnias seriam deslocadas de suas terras, envolvendo quatro grupos indígena-linguísticos, sendo o maior deles os Tupis. Diante das ameaças que esse processo implicaria, grupos indígenas se organizaram para reagir.
No I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em 1989, a índia Tu Ira encostou seu terçado no rosto do então diretor da Eletronorte, o engenheiro José Antônio Muniz Lopes, demonstrando sua revolta. A cena foi registrada e mostrada ao mundo. Com a repercussão, o Banco Mundial que financiaria 25% do valor da obra e atrairia o restante dos recursos financeiros retirou-se do projeto.
Aziz Nacib Ab’Saber, um dos maiores especialistas brasileiros em geografia física, era conhecido por ser contra a construção de Belo Monte e definiu-a como “um grande desastre ambiental”. A maior floresta tropical do planeta, a Amazônia teria significativa perda de sua cobertura vegetal. Muitas espécies de peixes deixariam de existir, pois já que enfrentariam dificuldade de subir o Rio Xingu para se reproduzir.
Em contrapartida haverá crescimento de 6% ao ano, e 26 milhões de pessoas serão beneficiada. A hidrelétrica será a terceira maior do mundo quando concluída – em 2019. Porém, no período de estiagem a eficiência energética é baixa. Nessa época, que dura de quatro a cinco meses, a hidrelétrica produziria apenas 40% de sua capacidade total de 11mil megawatts.
O Brasil possui uma das maiores reservas de urânio e domina todo ciclo de fabricação do combustível nuclear. De acordo com