Enfermagem

16 – A Enfermagem no Brasil
O Brasil tem as mesmas semelhanças históricas no âmbito da enfermagem que os demais países ibéricos. Durante o Segundo Império, registrou-se um grande progresso na enfermagem com a chegada das Irmãs de Caridade na Santa Casa do Rio de Janeiro e, a partir de então, aos demais hospitais do país. Chama-se atenção para as quatro heranças religiosa, feminina, militar e étnica deixadas pelo século XIX para a profissão de enfermeiro.
No plano das heranças religiosas, étnicas e relativas à controversa questão de gênero, é importante resgatar, que no Brasil, por questões da predominância da Igreja Católica na colonização, os hospitais funcionavam sob a supervisão de religiosas leigas ou habilitadas para o cuidado com os enfermos.
Esse período corresponde a 1543, quando foram criadas as primeiras Santas Casas da Misericórdia. O atendimento de enfermagem institucionalizando surge com a fundação da Santa Casa da Misericórdia de São Paulo, Santos, Rio, respectivamente.
É interessante perceber que a prática de Enfermagem, na época, não era remunerada; isso pela característica do enfermeiro que era religioso, voluntário ou escravo. Existiam no Brasil alguns livros editados em Portugal que serviam de consulta para os enfermeiros, e essa prática sobreviveu a todo o período de colonização, sendo alterada no início do século XX por influência primeiramente, das escolas francesas e, mais tarde, das escolas inglesa e americana.
As atividades das religiosas eram voltadas para a limpeza do ambiente hospitalar, para a organização e disciplina dos trabalhadores da área e para o cuidado físico e espiritual dos doentes.
Os primeiros cursos de Enfermagem surgiram no Brasil na primeira República, segundo modelos europeus; entre eles estão: a atual Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, da atual UNIRIO e os cursos da Cruz Vermelha Brasileira. A Escola Anna Nery, implantada no interior do aparelho de Estado por uma missão de enfermeiras norte-americanas, adotou o modelo