Enfermagem
Do ponto de vista ecológico, a vagina pode ser considerada um complexo local anatômico, onde várias espécies de bactérias coexistem e desenvolvem relacionamentos. Mais de 50 espécies de microorganismos já foram isolados da vagina, algumas espécies que ocupam uma posição predominante, garantindo sua sobrevivência e contribuem para a prevenção de doenças infecciosas e manutenção da saúde.
A gardnerella vaginalis, é um microrganismo sorologicamente distinto, isolado do trato geniturinário feminino normal, antigamente denominado Corynebacterium vaginalis e Haemophilus vaginalis. é uma bactéria que faz parte da flora vaginal normal de 80% das mulheres sexualmente ativas.
Quando ocorre alguma alteração nessa região, por situações como, de stress, infecções, gravidez, uso de DIU e principalmente múltiplos parceiros, entre outros, há um desequilíbrio em que os lactobacilos, normalmente predominantes e também responsável pelo pH ácido, são substituídos e assim, essas bactéria podem sofrer uma superpopulação, resultando no que chamamos de vaginose bacteriana, que é em todo o mundo, umas das causas mais comuns de infecção vaginal.
Originalmente descrita por Gardner e Dukes em 1955 como uma vaginite não específica, tendo como agente causal a gardnerella vaginalis. Como a bactéria é típica da flora vaginal, consideramos que se trata de DST apenas quando o hospedeiro é do sexo masculino. Morfologia do agente patogênico
A gardnerella vaginalis é a única espécie deste gênero, pos não está incluída em nenhuma família. É um cocobacilo muito pleomórfico, gram-negativo a gram-variável, imóvel, não formador de cápsula ou endósporos, anaeróbico e quando corada pela técnica de Papanicolaou se apresenta em azul. Ela pode estar aderida à superfície das células escamosas de forma parcial ou total. Em 1955, pesquisadores denominaram-na Hemophilus vaginalis, e foi colocada junto com Hemophilus no Bergey’s Manual of Determinative Bacteriology, 8ª edição, porque