1- O trombo poderá desaparecer logo após a sua formação, através do acionamento do sistema fibrinolítico, tanto através do dano tecidual (via extrínseca), como pelo fator XII e o fator XI combinados (via intrínseca). O plasminogênio ativado passará a plasmina que é capaz de atuar sobre o fibrinogênio e a fibrina dissolvendo o trombo. Outra possibilidade é a organização do trombo. Com o tempo, o trombo tem a tendência de perder água e se retrair. No processo de organização, percebe-se a partir da parede do vaso proliferação dos vasos de neoformação que, juntamente com fibroblastos e macrófagos, invadem a massa trombótica. Os fibroblastos que fazem parte deste tecido são, na verdade, células capazes de sintetizar fibras colágenas e elásticas; ao mesmo tempo, os vasos de neoformação diminuem de número, restando, entretanto, alguns que com o progredir do processo adquirem parede espessa e luz ampla. Os macrófagos fagocitam as hemácias, que são degradadas, restando no citoplasma desta célula pigmento amarelo-acastanhado, granulosos, ferropositivos (hemossiderina). Os macrófagos que fagocitam plaquetas mostram, ao fim do proceso de degradação das mesmas, gordura acumulada no seu citoplasma. O processo como um todo culmina com a predominância de colágeno e fibras elásticas no trombo e a retração progressiva da mesma. Ainda outra possibilidade é a recanalização. Se a massa trombólica oclusiva não é extensa, os vasos mais antigos do tecido de granulação podem comunicar as duas extremidades, resistindo a luz do vaso obstruído. Em outros casos, à retração da massa trombótica segue-se o destaque do trombo de uma das paredes do vaso, com o aparecimento de fendas que comunicam as duas extremidades obstruídas. Há reendotelização desta superficíe reconstituindo-se assim a continuidade da luz. Ainda é possível a penetração deste revestimento endotelial neoformado na intimidade do trombo, revestindo as fendas que se formam em seu interior em decorrência da retração