Enfermagem
No início das civilizações os povos possuíam como características a vida em grupos, a busca por alimentos através da caça, da pesca e coleta de suprimentos em diferentes locais, até quando as provisões fossem suficientes para a sobrevivência. Mantinham a crença de que o sol, a chuva, o vento, o trovão e o relâmpago eram espíritos que podiam sentir e agir com uma finalidade sobre a vida dos homens. Desenvolveram crenças místico-religiosas com a finalidade de explicar os mistérios da natureza, do nascimento, das doenças e da morte (7).
Os cuidados com a saúde tinham como objetivo a sobrevivência e se desenvolviam na estrutura social de convivência e socialização dentro da tribo e no espaço comunitário. A observação dos animais e o caráter instintivo foram importantes para desenvolver noções sobre saúde e sobrevivência (7).
Com o desenvolvimento dos povos nômades e o aumento dos grupos, ocorreu à diversificação em diferentes agrupamentos habitando locais distintos, com mudanças nos hábitos na busca de sua sobrevivência. As grandes civilizações que surgiram entre a Mesopotâmia e o Egito, ou seja, os assírios, os egípcios, os caldeus, os hebreus e outros povos, viam as doenças como ocasionadas por causas externas ao corpo do homem (1). Muitas referências desses povos podem ser encontradas nos relatos bíblicos em passagens do Antigo Testamento, onde se evidenciam, principalmente, noções de prevenção de saúde.
Os egípcios consideravam a saúde como o estado natural do ser humano e mantinham relação com as alterações ocorridas com o Rio Nilo, razão de sua subsistência. Praticavam hábitos de higiene, fazendo uso de banhos e acreditavam que alimentos bem ou mal combinados podiam manter a saúde ou causar doenças (3).
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Os preceitos religiosos do judaísmo expressam-se com frequência em leis dietéticas, que figuram, em especial, nos cinco primeiros livros da Bíblia. Essas disposições eram sistemas simbólicos, destinados a manter a