Enfermagem
Em termos mais restritos e clássicos, a anatomia confunde-se com a morfologia (biologia)[->0] interna, isto é, com o estudo da organização interna dos seres vivos[->1], o que implicava uma vertente predominantemente prática que se concretizava através de métodos precisos de corte e dissecação[->2] (ou dissecção[->3]) de seres vivos[->4] (cadáveres[->5], pelo menos no ser humano[->6]), com o intuito de revelar a sua organização estrutural.
O mais antigo relato conhecido de uma dissecação[->7] pertence ao grego Teofrasto[->8] (? – 287 a. C.), discípulo de Aristóteles[->9]. Ele a chamou de anatomia (em grego, “anna temnein”), o termo que se generalizou, englobando todo o campo da biologia[->10] que estuda a forma e a estrutura dos seres vivos[->11], existentes ou extintos[->12]. O nome mais indicado seria morfologia (que hoje indica o conjunto das leis da anatomia), pois “anna temnein” tem, literalmente, um sentido muito restrito: significa apenas “dissecar[->13]”.
Conforme seu campo de aplicação, a anatomia se divide em vegetal[->14] e animal[->15] (esta, incluindo o homem[->16]).
A anatomia animal[->17], por sua vez, divide-se em dois ramos fundamentais: descritiva e topográfica[->18]. A primeira ocupa-se da descrição dos diversos aparelhos (ósseo[->19], muscular[->20], nervoso[->21], etc...) e subdivide-se em macroscópica (estudo dos órgãos quanto a sua forma, seus caracteres morfológicos, seu relacionamento e sua constituição) e microscópica (estudo da estrutura íntima dos órgãos pela pesquisa microscópica dos tecidos e das células). A anatomia topográfica dedica-se ao estudo em conjunto de todos os sistemas contidos em cada região do corpo e das relações entre eles.
A anatomia humana se define como normal quando estuda o corpo humano[->22] em condições de saúde[->23], e como patológica[->24] ao interessar-se pelo organismo afetado por anomalias[->25] ou processos mórbidos.
O desejo natural de conhecimento e as necessidades vitais