Enfermagem em urgência e emergência
INTRODUÇÃO
O primeiro transplante de órgãos no Brasil aconteceu em 1964, no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, quando um paciente de 18 anos, recebeu um rim de uma criança de nove meses, portadora de Hidrocefalia. Nos anos seguintes iniciaram os transplantes entre vivos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, onde começaram pesquisas para transplantes de órgãos e tecidos. O processo de doação de órgãos é composto por uma série de ações e procedimentos que podem transformar um potencial doador em um doador efetivo. (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE, 2002) Identifica-se como provável doador aquele que em situação de morte encefálica não represente riscos ao receptor nem contraindicações clínicas para o transplante. Este processo se inicia no diagnóstico clínico e se finaliza com a autorização dos familiares para a doação dos órgãos. (SANTOS; MASSAROLLO, 2005) No Brasil, o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é o órgão que controla os transplantes em todo território nacional, regulamentado pela lei 10.211 de 23/03/2001 que substituiu a lei 9.434 de 04/02/1997, onde foi criado todo o sistema. Em seu artigo 4º é exigido que, toda retirada de tecido, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outras finalidades terapêuticas, dependerá da autorização do cônjuge ou parente maior de idade obedecida a ordem da linha sucessória, reta ou colateral até o segundo grau inclusive. Tem como objetivo regulamentar e fiscalizar todas as entidades que participam do processo de doação, captação e transplante de órgãos e tecidos em todo território nacional. (BRASIL, 1997, 2001) Relaciona-se a esta concepção os avanços tecnológicos e científicos na saúde, que tem colaborado para o aumento expressivo do número de transplantes, embora insuficiente diante à demanda de receptores em todo território nacional. Vários estudos demonstram que existe uma enorme predisposição de potenciais doadores, porém a realidade mostra um