Energia Eólica
A avaliação do potencial eólico de uma determinada região requer um estudo sistemático sobre a velocidade e o regimes de vento da região, através, da coleta e analise de dados. Para uma primeira estimativa do potencial bruto (teórico) de aproveitamento de energia eólica, dados coletados em aeroportos e estações climáticas podem ser aproveitados, mas, geralmente é necessário uma avaliação rigorosa e isso requer levantamentos específicos.
Além de todo o estudo envolvido, outro fator que influencia no potencial eólico é fato de que os ventos quase nunca são constantes, verifica-se que o recurso eólico apresenta variações temporais em várias ordens de grandeza: variações anuais (em função de alterações climáticas), variações sazonais (em função das diferentes estações do ano), variações diárias (causadas pelo microclima local), variações horárias (brisa terrestre e marítima, por exemplo) e variações de curta duração (rajadas). Estima-se hoje o potencial eólico bruto mundial seja da ordem de 500.000 TWh por ano, mas, devido a regiões com áreas densamente povoadas ou industrializadas e restrições naturais, apenas 53.000 TWh são considerados aproveitáveis. Ainda assim, esse potencial corresponde a cerca de quatro vezes o consumo mundial de eletricidade. Para que a energia eólica seja considerada aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior que 500 W/m², a uma altura de 50 m, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s. Apenas 13% da superfície terrestre apresentam essas condições. No Brasil, embora haja divergência entre especialista e instituições na estimativa do potencial eólico brasileiro, estudo indicam um potencial extremamente considerável da ordem de 143 GW, essas divergências ocorrem principalmente por falta de dados da superfície e por uso de métodos diferentes. De uma forma geral, grande parte do litoral brasileiro, em particular o da região Nordeste, apresenta velocidades de vento propícias ao