Energia das ondas
Elaborado por: João Manuel Parada Afonso, no âmbito da unidade curricular de Produção e Planeamento de Eletricidade, 2011/12
Coimbra, 6 de Novembro de 2011
Introdução
Nos tempos que correm, assiste-se a uma tendência inegável para o desenvolvimento de novas formas energéticas, com vista ao abandono dos combustíveis fósseis, quer pelo facto de pela sua natureza serem finitos, quer por serem responsáveis por emissões de gases de efeito de estufa danosas para o nosso planeta e sua atmosfera e em última instância para a Humanidade. Importa então dirigirmo-nos a um futuro mais verde, investindo seriamente na descarbonização das nossas energias.
Uma das fontes de emissões poluentes consiste na geração/produção de energia eléctrica, nomeadamente em centrais térmicas; constituem estes factos uma motivação para a necessidade de se realizar um esforço global de substituir os combustíveis fósseis por fontes renováveis e portanto limpas e amigas do ambiente, é neste aspecto que se insere este trabalho, falando de uma forma de energia que tem patentes registadas desde 1799, mas que só com a crise petrolífera de 1973 é que foi alvo de mais investigação e desenvolvimento, a Energia das Ondas. Já nos anos 60, a marinha do Japão concebeu uma bóia que utilizava a energia das ondas para alimentar a sua lâmpada de sinalização.
A energia das ondas pode ser vista como uma forma concentrada de energia solar: o sol provoca diferenças de temperatura entre diferentes pontos do planeta, o que causa movimento de massas de ar ou vento, que soprando na superfície dos oceanos causa pequenas ondulações, que crescem e se tornam ondas, que podem percorrer milhares de quilómetros virtualmente sem perda de energia, com densidade de energia superior às energias eólica e solar.
Estas ondas são ondas em águas profundas, assim que a profundidade das águas diminui para cerca de metade do comprimento da onda, a onda abranda, diminuindo o seu comprimento de onda e