Energia Cinética Rotacional
Imagine que você comece uma série de exercícios em uma bicicleta ergométrica. Você aplica uma força com seus pés sobre os pedais, fazendo que se desloquem – você realizou trabalho. O resultado deste trabalho é a rotação da roda. Esse movimento rotacional representa energia cinética, pois há massa em movimento. Nesta seção investigaremos essa energia cinética
Modelamos um conjunto de partículas, como as partículas compondo a roda de nossa ergométrica, com o modelo de corpo rígido, e supomos que o corpo gire ao redor do eixo z fixo com velocidade angular de w. Cada partícula do corpo rígido está em movimento e tem, assim, alguma energia cinética, determinada por sua massa e velocidade escalar tangencial. Se a massa da k-ésima partícula é mk e sua velocidade tangencial é vk, a energia cinética dessa partícula é
Podemos expressar a energia cinética total K do corpo rígido girando como a soma das energias cinéticas das partículas individuais
em que evidenciamos o fator w2 na soma, pois ele é comum a todas as partículas. A grandeza entre parênteses é chamada momento de inércia I do corpo rígido.
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Portanto, podemos expressar a energia cinética do corpo rígido girando como
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Vemos pela definição do momento de inércia que ele tem dimensões de ML2 (kg.m2 em unidades SI). O momento de inércia é uma medida de resistência à variação na velocidade angular de um sistema. Assim, no movimento rotacional ele exerce o mesmo papel que a massa no movimento translacional. Observe que o momento de inércia depende não apenas do corpo rígido, mas também de como a massa está distribuída ao redor do eixo de rotação.
Embora vamos nos referir comumente à grandeza ½ Iω2 como a energia cinética rotacional, ela não é uma nova forma de energia. Ela é a energia cinética comum, pois foi derivada da soma das energias cinéticas individuais das partículas contidas no corpo rígido. Contudo, é um novo papel para a energia cinética para nós,