Enenharia e administração
Ednaldo Afonso, 27 de janeiro de 2010
As chuvas, inundações e a destruição na cidade de São Paulo nesses últimos dias têm paralisado a maior capital do país. Um temporal ocorrido nesta terça-feira 26, que durou 3 horas, causou 80 pontos de alagamentos e deixou muita gente desabrigada.
O caos foi total e parece que passou a ser uma rotina. São carros debaixo d’água, ruas inteiras transformadas em rios, moradores ilhados, resgates dramáticos, pessoas desabrigadas, protestos da população, deslizamentos de terra, crateras são formadas trechos de rodovias destruídos, carros sendo levados pelas águas como se fossem barcos estradas que são cortadas pelas águas como se fossem papel, 63 pessoas mortas por causa das chuvas, a maior cidade brasileira quase paralisada. Em muitos locais ninguém sabe o que é rua ou água.
Mas por quê isso ocorre? Por quê não foi priorizada uma seqüência de obras de drenagem no sentido de evitar ou minimizar os efeitos hoje observados? O que faltou para que isso saísse do papel, do planejamento e fosse para a prática?
É verdade que são muitas as necessidades de uma cidade como São Paulo. Os problemas são os mais diversos e as soluções precisam ser, além de tecnicamente corretas, ao mesmo tempo, sistêmica e holística.
O trânsito que normalmente já é complicado fica insuportável com as chuvas.
A engenharia vem depois da administração. E, esta, deve vir depois da liderança. Quando agente lidera corretamente faz aquilo que é mais importante.
Uma coisa é certa: o volume de recursos públicos necessários para reparar todos os danos vai ser muito maior do que aquele que seria gasto para que tanta destruição ocorresse. Isto sem financeiro das pessoas, às vezes, irrecuperáveis.
Uma das definições de Warren Bennis – um dos gurus da liderança, é a seguinte: “lideres são aqueles que fazem a coisa certa”. Já administradores, “fazem a coisa de forma certa”.
Alguém tinha dúvida que choveria em São Paulo esse ano? Lógico que