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AS GERAÇÕES ROMÂNTICAS dos trovadores medievais e estão sob o título de Sextilhas de Frei Antão.
Poesia nacionalista: ora exalta a pátria distante, ora idealiza a figura do índio. Os chamados poemas saudosistas são marcados pelo exílio e desembocam numa exaltação da natureza brasileira. Na “Canção do
Exílio”, o poeta nunca se refere ao elemento humano, mas apenas aos elementos naturais, pois a tendência era exaltar a nação recém-independente. Mas é no indianismo que o poeta consagra-se.
Apesar de idealizado, o índio de Gonçalves Dias está mais próximo à realidade do que o índio enfocado por José de Alencar, por ter o primeiro profundo conhecimento sobre a tradição, os costumes e a língua dos nativos. Continua, entretanto, o índio dotado de sentimentos e atitudes artificiais europeizadas. Entre os poemas indianistas destacam-se “I-Juca Pirama”,
“Marabá”, “O canto do piaga”, “Canção do Tamoio”, “Leito de folhas verdes”, além do poema épico inacabado “Os timbiras”. Também consta de sua obra um dicionário da língua tupi.
Quanto aos aspectos formais, a poesia da primeira geração apresenta-se ainda atrelada a modelos anteriores. Gonçalves Dias, na “Canção do Exílio”, utiliza a redondilha maior e a rima oxítona marcada, obtendo, assim, ritmo e musicalidade. Em “I-Juca Pirama”, utilizam-se recursos da métrica e a redondilha menor. 1. PRIMEIRA GERAÇÃO ROMÂNTICA
Primeira Geração romântica: os indianistas, ou nacionalistas.
No período regencial, houve rebeliões de grande participação popular em oposição declarada aos antigos colonizadores. O povo brasileiro, embora constituído de diferentes etnias, buscava identidade como nação.
Na Europa, o inglês Walter Scott, com “Ivanhoé” e o português Alexandre Herculano, com “Eurico, o presbítero,” têm na idade feudo-clerical a trama de seus romances históricos. No Brasil, ao tempo da Idade Média, fizeram história as culturas indígenas. Assim, os cavaleiros, heróis e castelos europeus