Eneida e Iliada
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS
LITERATURA OCIDENTAL
PROFESSORA CECIL JEANINE ALBERT ZINANI
ACADEMICA DANIELE SCALIA
1.
A Ilíada, atribuída a Homero narra a fúria de Aquiles, o mais forte guerreiro da Grécia perante a guerra de Tróia. Foca-se apenas nos últimos tempos da guerra e embora apresente batalhas, mortes e uma trégua, não altera o curso do conflito.
A Eneida de Virgílio trata das viagens de Eneias, troiano cujo destino é formar um império. A narrativa é feita in média rés visto que a rainha Dido, anfitriã de Eneias solicita-lhe que conte suas aventuras e apresenta um narrador em terceira pessoa, não imprimindo um ponto de vista particular do herói perante seus feitos.
Observando os enredos de ambas as obras percebe-se que é possível interpretar a Eneida como uma continuação da Ilíada, sendo esta o final da guerra de Troia e o outro o que acontece depois do final das batalhas. É como se acompanhássemos mais de uma geração de gregos e troianos durante a construção de sua história. Claramente, Virgílio inspirou-se nas obras de Homero para construir a sua própria epopeia. A semelhança de gênero e a complementação das três obras (Ilíada, Odisseia e Eneida) dão-se de tal forma que hoje representam a organização da tradição épica de Tróia, trazendo toda uma mitologia e simbologia, muitas vezes utilizadas até hoje, como a expressão “tendão de Aquiles”, representando um ponto fraco.
Vale lembrar que Homero e Virgílio não são os criadores da epopeia, está é patrimônio cultural pertencente ao povo, e foi apenas compilada e artisticamente trabalhada, sendo hoje a existência de Homero posta em dúvida e sabendo-se que Virgílio utilizou-se de personagens previamente existentes.
2.
A narrativa desenvolveu-se através do trabalho do florentino Boccaccio, autor do
Decameron, livro que narra a história de um grupo formado por sete mulheres e três rapazes que fogem da peste. Para passar o tempo durante as viagens fica