encerramento de empresa

Viva o Luto
Muitos dizem que, depois de situações tristes ou de perdas, é preciso levantar, sacudir a poeira e seguir em frente. Sim, de fato é, mas em seu tempo certo. Não adianta negar que depois de alguma decepção a gente se sinta triste, quieto, sem vontade, quase depressivo. O mundo das coisas efêmeras e rápidas; e a sociedade do lucro e da felicidade a qualquer custo pregam que a tristeza é ruim, não te permitem ficar mal, chorar, afinal a capa da revista está sempre linda, sorridente e magra. Como é que você pode ser o contrário dela, se tudo está ao seu alcance? Essas são as perguntas massacrantes que este mundo faz a você.

Ocorre que a vida, tal qual como a natureza - que é sábia e certeira em seus movimentos -, tem ciclos. Há momentos de puro verão, quando a gente se abre, se expande, brilha da forma mais intensa. Mas, também existem outonos, quando nossas folhas vão caindo e preparando nosso ser para que a acomodação e o recolhimento do inverno cheguem. Ninguém vive só de expansão, como também estar sempre isolado e ensimesmado cheiram à depressão. Para um perfeito funcionamento de nossa psiquê temos de respeitar os movimentos da natureza, aos quais estamos integrados.

Portanto, aceitar os sentimentos de baixa e viver o luto, após perdas ou decepções, é fundamental para qualquer recuperação. Aquietar-se, chorar, sofrer e entrar em contato com a própria sombra são mais que necessários para poder recuperar fôlego e dar o tempo certo para a ferida secar e cicatrizar. Jogar esparadrapo por cima dela só irá mascarar o machucado.

Não estamos falando, obviamente, de se entregar ao problema e nunca mais se recuperar, apegando-se ao que já foi para não viver de forma plena novamente. Referimo-nos a aceitar a dor, passar por ela, dar o tempo dela ir se esvaindo e, então, se levantar, voltar a sorrir e a caminhar em busca da felicidade. Porque, ao passo que decidimos viver uma situação até o fim, resignado com as dores implícitas nela, cumprimos o que