Empédocles
EMPÉDOCLES, filósofo grego (Agrigento, Sicília, c. 490 a.C. — no Peloponeso c. 430). Empédocles foi o criador da teoria dos quatro elementos (água, ar, fogo e terra), adotada até a época da química moderna. Denominara "Amor" o princípio de toda união e síntese, e "Ódio", o de toda divisão nos fenômenos da natureza.
O primeiro pensador que procurou resolver a aporia eleática foi Empédocles, nascido em Agrigento em torno de 484/481 a.C. e falecido por volta de 424/421 a.C. De personalidade fortíssima, além de filósofo, foi também místico, taumaturgo e médico, além de ter sido ativo na vida pública.
Segundo Empédocles, da mesma forma que para Parmênides, o "nascer" e o "perecer", entendidos como um vir do nada e um ir ao nada, são impossíveis porque o ser é e o não ser não é. Assim, não existem "nascimento" e "morte": aquilo que os homens chamaram com esses nomes, ao contrário, são o misturar-se e o dissolver-se de algumas substâncias que permanecem eternamente iguais e indestrutíveis. Tais substâncias são a água, o ar, a terra e o fogo, que Empédocles chamou "raízes de todas as coisas".
Os jônios haviam escolhido ora uma ora outra dessas realidades como "princípio", fazendo as outras dela derivarem através de um processo de transformação. A novidade de Empédocles consiste no fato de proclamar a inalterabilidade qualitativa e a intransformabilidade de cada uma. Nasce assim a noção de "elemento", precisamente como algo de originário e de "qualitativamente imutável", capaz apenas de unir-se e separar-se espacial e mecanicamente do outro. Como é evidente, trata-se de uma noção que só poderia nascer depois da experiência eleática, justamente como tentativa de superação das dificuldades por ela encontradas. E, assim, nasceu também a chamada concepção pluralista, que supera o monismo dos jônios e o monismo dos eleatas. Com efeito, também o "pluralismo" enquanto tal, ao nível de consciência crítica (assim como o conceito de "elemento"), só podia nascer como