Empresas
Resumo
A Logística Reversa parece estar gradativamente ganhando importância no contexto das empresas, seus clientes e da sociedade, justificando o esforço de tentarmos conhecer melhor suas origens e seus papéis e funções atuais. Este artigo procede à revisão da bibliografia mais recente sobre o assunto e apresenta dados de uma pesquisa conduzida junto a profissionais de logística de empresas de diferentes setores. Nosso foco é o de abordar a logística reversa em três níveis. O primeiro deles são as demandas ambientalistas que impulsionam as empresas a zelar pelo destino final de produtos e embalagens, evitando que sejam dispostos de modo inadequado no meio ambiente e ensejando o reuso de materiais. Ligados a esta questão, surgem os dois níveis seguintes: economia de recursos, gerando ganhos financeiros, e melhoria da imagem da empresa perante os stakeholders em razão de suas atividades ambientalmente corretas.
Conceito de logística reversa
Muitos autores têm buscado caracterizar a Logística Reversa e sua abrangência nas empresas. Murphy e Poist (1989), em uma abordagem funcional, localizam a logística reversa como sendo a “movimentação de produtos do consumidor em direção ao produtor na cadeia de distribuição”. James Stock (1998), por sua vez, amplia esses limites afirmando que, “sob a perspectiva logística do negócio, o termo se refere ao papel da logística na devolução de produtos, redução de materiais/energia, reciclagem, substituição de materiais, reutilização de materiais, tratamento de resíduos, substituição, conserto ou remanufatura. Do ponto de vista de engenharia, a logística reversa é um modelo de negócio sistêmico que aplica os melhores métodos de engenharia e administração logística na empresa, de forma a fechar lucrativamente o ciclo do supply chain”. Trazendo a logística reversa para o âmbito da gestão das operações da empresa, Dale S. Rogers e Ronald S. Tibben-Lembke (1998) definem a Logística Reversa como “o processo de