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Matrícula: 2013201516
Resenha da Crônica Medo da eternidade de Clarice Lispector
Clarice Lispector aparece desde há muito tempo como um dos grandes nomes da literatura brasileira. Neste trabalho tenho por por objetivo delinear possíveis relações entre sua vida e obra, tendo como partida o tema da infância.
A história fala sobre uma menina que nunca havia experimentado chiclete, sua irmã por sua vez havia comprado para ela poder experimentar aquela sensação de que ela dizia ser "eterna". A menina ficou encantada por poder experimentar uma bala que para ela representava o elixir do longo prazer. Sua irmã disse que ela iria mastigar a vida inteira, a menos que ela perca o chiclete, só que perder aquilo naquele momento para ela não era uma hipótese. O sabor daquele chiclete havia acabado e ela perguntou a irmã dela o que fazer, sua irmã continuou dizendo para ela mastigar para sempre. A menina se assustou, começou a mastigar aquele puxa-puxa de borracha que não tinha mais gosto de nada, até que ela começou a sentir um certo medo dessa tal eternidade. Ela continuou mastigando, esperou a primeira oportunidade e deu um jeito do chiclete mastigado cair no chão. Ela avisou a irmã dela, fingindo tristeza, de que o chiclete havia caido. Sua irmã, por sua vez, tornou-se a dizer que não acaba nunca, mas só que às vezes a gente perde e para ela não ficar triste, porque um dia lhe daria outro, e o outro ela não perderá. A menina ficou envergonhada diante da bondade da irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chiclete caíra da boca por acaso, mas aliviada, sem o peso da eternidade sobre ela.