Empreendedorismo
Introdução
As várias concepções hoje existentes sobre o empreendedor demonstram o caráter rico e multifacetado desse ator: pessoa que assume riscos em condições de incerteza, fornecedor de capital financeiro, decisor, líder industrial, gestor ou executivo, dono de empresa, contratante, árbitro no mercado, entre outros. Estas distintas acepções geraram, muitas vezes, diferentes desdobramentos teóricos e abordagens empíricas (NAIR, PANDEY, 2006).
As inovações tecnológicas, a globalização e a aceleração das comunicações têm desencadeado uma enorme revolução no mundo do trabalho, trazendo como resultados o aumento da concorrência, a redução drástica de empregos e a maior exigência quanto às competências individuais.
Antigamente não era frequente a mudança de emprego ou de carreira (tínhamos a ideia do emprego para toda a vida), ou mesmo a necessidade do aperfeiçoamento acadêmico constante. Hoje, com a concorrência cada vez mais feroz, a escassez de vagas e a persistente procura de uma melhor qualidade de vida, levam o trabalhador a investir cada vez mais na sua formação acadêmica e na incessante construção de uma rede de relacionamentos que poderão contribuir para a sua carreira profissional. Poderemos chamar a esta rede social, ligada ao desenvolvimento da empregabilidade do indivíduo, network.
Duas visões, em particular, são de interesse para o indivíduo a procura de trabalho: a do empreendedor como articulador de redes e a do empreendedor como agente de inovação. Tais abordagens, embora independentes, poderiam ser unidas na proposição do empreendedor como criador de redes submetidas a graus variados de inovação.
Nesse contexto, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) jogam um importante papel nesta incessante procura de criatividade e inovação. É através delas que se aumentam as oportunidades, o acesso à informação e a participação efetiva dos cidadãos. Ela permite a ligação de todos com todos, a