Empreendedorismo
___________________________________________________________________________ Anna Beatriz Cautela Tvrzská de Gouvêa Amelia Silveira Hilka Vier Machado De acordo com o Global Entrepreneurhip Monitor (GEM, 2008) a mulher brasileira vem conquistando espaço na economia, sendo que 42% dos negócios são comandados por elas. Assim, as mulheres brasileiras ocupam o 6º lugar no ranking mundial, sendo que deste total 10,81% têm negócios, ficando atrás apenas das venezuelanas (23,8%), tailandesas (19,3%), jamaicanas (15,6%), neozelandesas (13,7%) e chinesas (11,6%). Quando essa análise é conjunta (homens e mulheres) a classificação do Brasil está no 7º lugar, com 11,3% de empreendedores. Os empreendedores do sexo masculino aparecem em 13º lugar. Esses dados invertem uma tendência histórica quando considerado o ano de 2001, onde os homens empreendedores representavam 71% e as mulheres 29% (GEM, 2008). A atuação de mulheres no papel empreendedor tem aumentado não apenas no Brasil, mas no mundo todo. Um dos desdobramentos deste fato é o de que o estudo com mulheres empreendedoras tornou-se um tópico de estudos em Empreendedorismo, sendo que conferências internacionais no assunto, como a Babson Conference ou o Encontro promovido pelo International Council of Small Business (ICSB) mantém uma área específica para submissão de trabalhos sobre Mulheres Empreendedoras. Com efeito, pesquisas tendo mulheres empreendedoras como sujeitos de estudo desenvolveram-se em nível mundial. O primeiro deles foi publicado em 1976 e em uma meta análise compreendendo as publicações entre 1976 e 2001 sobre empreendedoras, Greene et al (2003) identificaram 173 artigos publicados, versando sobre temas como características pessoais, motivações, estratégias de criação de empresas, redes sociais, políticas públicas, dentre outros. Por outro lado, como uma construção social, o significado do empreendedorismo para os