Desde o final dos anos 60,quando Alvin Tofler publicou O Choque do futuro,anunciando que o mundo iniciava um processo de transição rumo a uma economia e uma sociedade mais intensivas em informações e conhecimentos, podemos observar uma efetiva alteração do paradigma fordista de crescimento que vinha sendo difundido de forma bem sucedida desde o inicio do século. Três fatos podem ser destacados como marcos dessa nova onda de destruição criadora. O primeiro fato foi o sucessivo aumento nos preços do petróleo, a partir da crise de 1973, que mostrou ao mundo que o modelo de crescimento baseado no consumo crescente de materiais e energia baratos não era sustentável. Esse fato abalou o ritmo de crescimento que a industria mundial vinha experimentando desde o final da segunda guerra mundial inaugurou para uma nova trajetória de inovações intensiva em conhecimento e poupadora de energia. O segundo foi o esgotamento do modelo fordista de produção, baseado na exploração excessiva dos princípios da padronização e divisão do trabalho. O Japao liderou a nova trajetória de inovações organizacionais voltadas para a redução de desperdícios,aumento da qualidade,cooperação intra e inter-industrial e uso intensivo de informações e conhecimentos. O terceiro, e mais importante, foi a onda de inovações iniciadas com a invenção do transistor na década de 1940 e potencializada pela introdução do circuito integrado nos anos 70 e pela internet nos anos 90. A microeletrônica serviu como base técnica para a imbricação das tecnologias de informática,telecomunicações,optoeletrônica,software e broadcasting e suas múltiplas aplicações que retroalimentam o processo de inovação. As tecnologias da informação e da comunicação,aqui referidas propositalmente no plural por serem uma combinação de varias tecnologias abrem oportunidades para inovações secundarias que vem revolucionando a industria e a organização do sistema produtivo global. Para as empresas e organizações,a principal consequência da