Lesão de Cárie oculta
Entende-se por lesão de cárie oculta aquela que acomete a estrutura dentinária, mas o esmalte aparentemente se mantém hígido ou levemente desmineralizado. Sua etiologia ainda é de origem desconhecida, porém acredita-se que esteja relacionada ao uso disseminado do flúor, o qual atua na remineralização das lesões oclusais de esmalte, mascarando a evolução destas. Existem casos em que a superfície oclusal e/ou proximal são julgada sadia, com esmalte hígido ou minimamente desmineralizado clinicamente, mas com grandes áreas desmineralizadas no seu interior, o suficiente para revelar lesões radiolúcidas radiograficamente . Esse diferente tipo de ocorrência da doença, denominada cárie oculta, lesão fechada, de dentina ou escondida, conceitua-se como uma lesão que compromete a estrutura dentinária e que, aparentemente, preserva a estrutura externa do esmalte . De etiologia desconhecida, a literatura aponta algumas teorias que tentam explicar sua causa, como a “síndrome do flúor”, na qual a contínua e intensa exposição a fluoretos promove uma hipermineralização do esmalte cariado, mas a lesão continua a progredir sob uma superfície intacta do esmalte para avaliar melhor estas situações clinicas vários métodos de diagnóstico têm sido propostos: exame visual táctil; exame radiográfico convencional, digital ou com digitalização; afastamento mecânico; transiluminação por fibra óptica, detector elétrico de lesões de cáries, corantes, entre outros.
O diagnóstico de lesão cárie oculta, pelo exame clínico, é de difícil execução devido à ausência de um esmalte dental cavitado e requer uma maior experiência clínica. Dentre as técnicas radiográficas, a periapical e a interproximal são as mais utilizadas na prática clínica. Embora um dos objetivos específicos de ambas seja detectar a presença de lesões de cárie nos tecidos dentários, naquela permite-se uma visão em conjunto das estruturas do órgão dentário e região periapical, enquanto