EMPREENDEDOR VANDERBILT

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A Grand Central Terminal na rua 42 é a mais cinematográfica e monumental das estações de trem de Nova York. Atrás dela há uma estátua de Cornelius Vanderbilt. Ele contempla o sul da ilha, onde seus trens foram proibidos de chegar no século passado porque poluíam a cidade.

Como a estátua, o empreendedor conhecido como Comodoro, era grande - quase 200 quilos, 1,90 metro - e grosso. Parou de estudar aos 11 anos - "se fosse me educar não teria tempo para mais nada", para trabalhar nas balsas que cruzavam o rio Hudson. Aos 16, com dinheiro da mãe, comprou seu primeiro barco, aos 20 já era rico e quando morreu tinha acumulado a segunda maior fortuna da história do país, menor, por um punhado de dólares, que a de John D. Rockefeller.

Era esnobado pela sociedade de Nova York porque desprezava não só a cultura, como as etiquetas, mas não bebia nem teve escândalos pessoais. O único vício era o charuto, aceso ou apagado, sempre tinha um na boca. Desprezava também o governo e os que dependiam dele.

Quando montou sua frota de barcos a vapor foi contra um monopólio legal de 30 anos concedido pelo governo a Robert Fulton e Robert Livingston, dois poderosos. A briga entre eles foi parar no Supremo Tribunal, que quebrou o monopólio e, em poucos anos, o Comodoro tinha tinha mais de cem barcos no rio.

Queria mais. Entrou na competição com duas linhas que cruzavam o Atlântico e tinham subsídios do governo, a Cunard e a Collins. Quando começaram a perder a parada usaram o dinheiro da nação para comprar o Comodoro que, em troca, saiu da competição. Foi desta tramoia que, num cartoon crítico, surgiu a expressão "robber baron" - Barão Ladrão -, dedicada ao Comodoro e, depois, aos outros "barões ladrões" do petróleo, do aço, dos tecidos que criaram o mais selvagem capitalismo, contra qualquer tipo de intervenção do governo. Foi a Era Dourada nos Estados Unidos.

A nova biografia do Comodoro, The First Tycoon: The Epic Life of Cornelius Vanderbilt, vem no momento certo. O

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