Emoções vigentes entre enfermeiros e familiares, relacionadas à dor, evidenciada no processo do cuidado ao paciente neonatológico: uma revisão integrativa

INTRODUÇÃO

A história da Neonatologia é indissociável da história de Pediatria. É impossível através de uma leitura das fontes diretas e indiretas do conhecimento do saber conhecer os cuidados dispensados à criança, e em particular, ao recém-nascido (RN), nos diferentes períodos da história bem como recolher informações acerca das doenças que padecia, registradas quantas vezes como uma entidade nosológica, mas que não passava de um simples sinal ou sintoma (GUIMARÃES, 2003).
A Pediatria Neonatal ou Neonatologia é uma divisão da Pediatria que tem por meta a assistência ao RN, bem como a pesquisa clínica e experimental e o ensino dos problemas peculiares a esse grupo etário. No aspecto assistencial, suas metas incluem: a assistência imediata ao RN na sala de parto, em estreita colaboração com o obstetra, o anestesista e a (o) enfermeira (o) e a assistência ao RN, do nascimento até o fim do período neonatal, ou seja, quatro semanas de vida. Portanto, o profissional de saúde que cuida deste novo ser deve conhecê-lo desde a concepção, estar apto a interpretar muitos dados relativos ao feto e conhecer sua fisiologia, o que é fundamental para a compreensão de eventos adaptativos ao nascimento. Este deve ser o enfoque deste profissional, que, na maioria das vezes, é o ser-enfermeiro (RIZOTTO, 2003).
Historicamente, o cuidado à criança era responsabilidade materna, mas com o processo de hospitalização das crianças doentes, a família foi excluída da assistência, conduta justificada tendo como base o conhecimento disponível em cada momento histórico. Antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) a mãe foi separada do prematuro, pois, a mãe que anteriormente amamentava o filho pré-termo passou a ser vista como uma ameaça à fragilidade dele e como fonte de infecção, sendo, portanto, impedida de manter contato com ele, olhando-o somente através das janelas. Após a Segunda Guerra Mundial, começou-se a estudar a respeito dos efeitos da separação e/ou privação materna sobre o