Emiss rios submarinos
O emissário é um tubo que transporta efluentes do local onde ele é recolhido para um local de descarte.
Apesar de ser uma técnica polêmica e que levanta a desconfiança especialmente de ambientalistas preocupados com possíveis contaminações, Paulo Rosman, professor de engenharia costeira e ambiental do instituto Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirma que os emissários são excelentes soluções de descarte final do efluente tratado. O professor ressalta que esta tecnologia não foi elaborada para descartar esgoto na natureza, mas sim resíduos deste material após um processo de tratamento adequado. “Teoricamente, não se joga esgoto no mar com os emissários e sim água. O esgoto é 99% composto dessa substância. Em geral ele passa por um processo de tratamento prévio que remove esse 1% que não é água. A opção mais viável em locais onde não se tem carência hídrica é descartar esse efluente de volta para a natureza”, explica.
Os riscos oferecidos por esse processo são os de contaminações por bactérias provenientes dos dejetos despejados no esgoto. Rosman explica que os materiais orgânicos e patogênicos não ameaçam o meio ambiente, mas podem prejudicar zonas que são próprias para banho. Para evitar que os banhistas sejam afetados, o especialista afirma que são necessários estudos de condições locais que definam a distância ideal para o despejo do efluente, considerando a possibilidade, ainda que remota, do material atingir a costa já com sua matéria diluída e bactérias mortas por ações do meio ambiente.
O primeiro emissário submarino construído no Brasil funciona até hoje em um cartão postal do Rio de Janeiro, a praia de Ipanema. Inaugurado em 1975, o duto possui 3,6 km de extensão da costa até seu ponto final em alto mar, onde estão localizados 180 difusores, furos que possibilitam o despejo descentralizado. São drenados por ele 7 mil litros por segundo de efluentes, 5 mil litros a menos de sua capacidade total .
No Brasil, existem