Emile Durkheim

Segundo Émile Durkheim há dois tipos de solidariedade: a mecânica e a orgânica, uma tende a visão de coletividade, ou um senso comum entre os indivíduos e a orgânica tende ao individualismo, uma sociedade que valoriza mais suas próprias personalidades individuais. Essa ideia de solidariedade social ajuda a compreender o desenvolvimento da sociedade, desde os tempos remotos até os modernos.
O conjunto de crenças e de sentimento comum na mídia dos membros de uma mesma sociedade forma um sistema determinado que constitui um sistema determinado e que forma a sua própria vida; pode-se chamar de consciência coletiva ou comum. Ela é por definição difusa em toda extensão na sociedade; mas não tem menos caracteres específicos que a tornem uma realidade diferente. Ela independe das condições particulares em que se encontram os indivíduos; estes passam mas a consciência coletiva permanece. Ela forma o tipo psíquico da sociedade, tipo que tem suas propriedades, suas condições de existência, seu modo de desenvolvimento tal como os individuais.
Émile dividiu a solidariedade orgânica em dois pontos de vista: uma é a solidariedade negativa e a solidariedade positiva; em suas características ele diz que a primeira liga diretamente o indivíduo à sociedade, sem nenhum intermediário. Na segunda, ele depende da sociedade, porque depende das partes que a compõem. Ele ressalta que a sociedade não é vista sob o mesmo aspecto nos dois casos. No primeiro, no que se chama por esse nome é um conjunto mais ou menos organizado de crenças e sentimentos comuns a todos os membros do grupo: é o tipo coletivo, ao contrário da sociedade com a qual somos solidários. No segundo caso é um sistema de funções diferentes e especiais que unem relações definidas. Estas duas sociedades não passam de uma só são duas faces de uma única realidade, mas não desmandam menos para serem distinguidas. Desta diferença resulta uma outra que se permite caracterizar e dominar esses dois tipos de solidariedade.
Durkheim