Emile Durkheim
Emile Durkheim viveu numa época de mudanças, em que a nascente sociedade capitalista acabava de destruir as velhas instituições feudais e impunha novos valores burgueses. Durkheim se preocupa com o estabelecimento da nova ordem social, a capitalista. A Revolução Francesa e a Revolução Industrial de um lado e o manancial de ideias de vários autores deste período, com isso, intensificava-se a consciência da necessidade de se criar novas ideias e valores que se harmonizasse com a ordem industrial. A lei do progresso é uma força implacável, a vida coletiva é um ser distinto, complexo e irredutível as partes que a compõem. Dessa forma, a vida coletiva passou a ser o objeto da sociologia de Durkheim e seu estudo demandava a utilização do método positivo, apoiado na observação, indução e experimentação, tal como vinham fazendo os cientistas naturais. Ele via na ciência social uma expressão racional das sociedades modernas. Considera os fatos sociais como coisas, cuja natureza não é modificável a vontade. Para ele, a sociedade é como um imenso corpo biológico que precisa ser observado, para, em seguida, conhecer sua anatomia e aí descobrir as causas e curas de suas doenças. Para ele, a consciência coletiva é formada pelas ideias comuns que estão presentes em todas as consciências individuais de uma sociedade e que determinam nossa conduta. Ela não vem de uma pessoa só ou grupo, mas está espalhada em toda a sociedade, e por isso, é exterior ao individuo. A consciência coletiva é o que a sociedade pensa. Age de forma coercitiva sobre o individuo, impõem as regras sociais. Com isso, a divisão do trabalho social, a especialização das funções entre os indivíduos de uma sociedade ia multiplicando-se em atividades a serem utilizadas. Cada individuo teria uma função a cumprir, a qual é importante para o funcionamento de todo o corpo social. Com isso, cada membro da sociedade passa a depender mais outros indivíduos. Assim se dá a divisão do trabalho com o