Emeric Racz Marcier Emeric Racz Marcier, paisagista e artista plástico latino, nasceu em Cluj, na Romênia, em 1916, estudou na Accademia di Belli Arti de Brera (Academia de Belas Artes de Brera), em Milão, Itália, de 1935 a 1938. Em 1939, frequentou o curso de escultura da École Nationale Superieure des Beaux-Arts (Escola Nacional Superior de Belas-Artes), em Paris. Em 1940, por causa da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), viajou para Lisboa, onde permaneceu por um breve período e conviveu com os pintores Arpad Szenes (1897-1985) e Vieira da Silva (1908-1992). Colaborava na revista Presença e manteve contato com escritores portugueses. Marcier faz parte daquela leva de pintores, escultores, escritores e cientistas que aportaram ao Rio de Janeiro, a partir de 1940, em conseqüência da 2ª Guerra Mundial, iniciada um ano antes. Por algum tempo, viveu na Pensão Mauá, no morro de Santa Teresa, sendo pensionista de Djanira, que lhe dava comida e acomodações em troca de aulas de pintura. Em 1947, quando outros refugiados, como Arpad Szenes e Maria Helena Vieira da Silva, voltavam à Europa, Marcier preferiu ficar no Brasil, tornando firme essa decisão ao conhecer a cidade de Barbacena, zona da Mata de Minas Gerais, que se tornou modelo para suas paisagens. Na década de 1940, manteve um ateliê em Barbacena, Minas Gerais. As paisagens das cidades históricas mineiras marcaram, definitivamente sua produção. Depois, tornou-se conhecido principalmente pelas pinturas de temas religiosos, realizadas em sua maior parte com a técnica de afresco. Em resumo, era um renovador, mas não um iconoclasta; o novo não representava, para ele, a destruição do velho. Entre todos os refugiados de guerra que passaram pelo Brasil, Marcier teve características pessoais que o diferenciaram: judeu por nascimento, converteu-se ao catolicismo, fazendo da pintura religiosa uma vertente importante de sua obra; romeno por nacionalidade, naturalizou-se brasileiro, abraçando por completo a