Custos
A contabilidade de Custos surgiu no inicio da Revolução Industrial (século XVIII), a partir da contabilidade financeira. Até então a contabilidade financeira que foi desenvolvida na Era Mercantilista (século XV), estava bem estruturada para atender as empresas comerciais.
Para a apuração do resultado de cada período, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples. O contador verificava o montante pago por item estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias. Fazia o cálculo basicamente por diferença, computava o quanto possuía de estoques iniciais, adicionava as compras do período e comparando com o que ainda restava, apurava o valor de aquisição das mercadorias vendidas, da seguinte forma:
Estoques iniciais
(+) Compras
(-) Estoques Finais
(=) Custos das mercadorias vendidas
Fazendo isso, era só confrontar esse montante com as receitas líquidas obtidas na venda desses bens, assim chegava-se ao lucro bruto, do qual era deduzido as despesas necessárias para a manutenção da entidade durante o período, a venda dos produtos e ao financiamento de suas atividades. Nisso surgiu também a Demonstração de Resultados da empresa comercial:
Vendas líquidas XXXXX
(-) Custo de Mercadoria Vendida
Estoques Iniciais XXXXX
(+) Compras XXXXX
(-) Estoques Finais (XXXXX) (XXXXX)
(=) Lucro Bruto XXXXX
(-) Despesas
Comerciais (vendas) XXXXX Administrativas XXXXX
Financeiras XXXXX XXXXX
(=) Resultado antes do imposto de renda.
Nesse período os produtos era fabricados por artesãos, que não constituíam pessoas jurídicas e pouco preocupavam-se com o cálculo de custos. As empresas viviam basicamente do comércio, e não da fabricação (exceto, as financeiras). Assim era muito fácil o conhecimento e a verificação do valor de compra dos bens existentes, bastava a consulta aos documentos de sua aquisição.
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