Embriologia
Introdução A crescente valorização do corpo nas sociedades de consumo pós-industriais - refletida nos meios de comunicação de massa, que expõem como modelo de corpo ideal e de masculinidade um corpo inflado de músculos - pode estar contribuindo para que um número crescente de jovens envolva-se com o uso de esteróides anabolizantes, na intenção de rapidamente desenvolver massa muscular (Courtine, 1995). O consumo dessas substâncias, especialmente entre jovens fisiculturistas e atletas, tem sido registrado com freqüência ascendente em vários países (Lise et al., 1999; Nilson, 1995; Perry et al., 1992; Scott et al., 1996) e diversos estudos têm documentado os danos à saúde causados pelo seu uso (Evans, 1997; Korkia & Stimson, 1997; Rich et al., 1999).
Nos Estados Unidos, estudo populacional realizado em 1993 estimou em mais de um milhão o número de usuários de anabolizantes (Yesalis et al., 1993). Em relatório recente, o National Institute on Drug Abuse (NIDA, 2001) informa que a porcentagem de estudantes do curso secundário (high school) que utilizou estas substâncias cresceu 50% nos últimos quatro anos, passando de 1,8% para 2,8. O aumento do consumo de suplementos alimentares e anabolizantes nessa população (Durant et al., 1993; Yesalis, 1997) levou o governo norte-americano a lançar, no ano passado, uma campanha nacional para alertar os jovens dos perigos associados à sua utilização (NIDA, 2001).
No Brasil, estudos que abordem o uso de anabolizantes são escassos, não existindo dados epidemiológicos que indiquem a extensão do consumo dessas substâncias. Alguns indícios, no entanto, sugerem que o uso de anabolizantes pode estar crescendo entre os jovens pertencentes a diferentes classes sociais, podendo representar, em breve, um importante problema de saúde pública. Os meios de comunicação de massa têm noticiado