Embriologia do Cavalo (1-3 meses)
As respostas científicas a esta pergunta são variadas: alguns defendem que a senciência é provavelmente limitada ao ser humano, enquanto outros cientistas defendem que não se pode excluir a senciência nem mesmo em artrópodes e moluscos. Por falar em moluscos, boa parte do que consta nos livros de fisiologia humana sobre os mecanismos celulares e bioquímicos da aprendizagem foi estudada em um caramujo chamado Aplysia. Então, um caramujo consegue aprender, processo este que depende de memória e de consideração das consequências de cada resposta comportamental possível. Esta aprendizagem do caramujo pareceu um bom modelo para se compreender a aprendizagem no ser humano. Qual a base para reconhecermos a similaridade fisiológica e negarmos a existência de senciência nestes animais? Muitos pesquisadores vêm buscando explicações que situam o surgimento da senciência em diferentes posições a partir dos extremos (1) somente o ser humano ou (2) todos os animais. Por que tanta controvérsia e quais são as dificuldades? É fácil compreender porque a seleção natural privilegiou animais equipados com os seguintes itens:
Sistemas de locomoção, que permitem aos animais buscar alimentos e fugir de predadores;
Sistemas sensoriais que permitem identificar recursos positivos de longe e dar sinais precoces de perigo;
Capacidades adicionais e em grau de sofisticação crescente, por exemplo de aprendizagem e memória, as quais aumentam as chances de se alimentar e se reproduzir e reduzem as chances de passar fome, adquirir doenças e ser predado. Desta forma, é esperado que organismos bastante simples ajam como se tivessem sentimentos e intenções. Por exemplo, atração química por determinadas substâncias é um estímulo que provoca alterações comportamentais em organismos unicelulares: uma ameba em uma placa de Petri move-se em direção a algo que lhe é benéfico.
Interessante notar que “senciência” não consta no